Dirigentes sindicais da CUT Nacional, da CNM e das Estaduais do Espírito Santo, e Minas Gerais Rio de Janeiro se reuniram ontem (22) para debater propostas de revitalização da Escola Sindical 7 de Outubro. A reunião aconteceu na Escola 7, a partir da iniciativa da Secretaria Nacional de Formação da CUT e da coordenação executiva da Escola.

Em 29 de agosto de 2017, a Escola Sindical 7 de Outubro completará 30 anos de fundação e compromisso com a educação da classe trabalhadora.

Para Rosane Bertotti, secretária nacional de formação da CUT, a Escola Sindical 7 de Outubro precisa ser tratada com carinho e atenção, pois se trata da primeira escola sindical da Central. Foram convidadas as instâncias da CUT para realizar um grande debate sobre os desafios e rumos do processo de revitalização da Escola 7, disse. Segundo ela, a presença de dirigentes da CUT Nacional, das Estaduais da CUT ES, MG e RJ e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), releva a importância da história e da contribuição da Escola para a formação dos quadros dirigentes do movimento sindical CUTista.

Paulo Cayres, presidente da CNM, afirmou que a solidariedade é o principal fator para o processo de revitalização da Escola 7. Para ele, os sindicatos não podem abandonar as estruturas construídas pela classe trabalhadora, sob pena de se perder a origem, os princípios e os sentidos da luta sindical. Paulão consolidou o compromisso imediato da CNM em apoiar parte das reformas necessárias.

Para Quintino Severo, secretário nacional de administração da CUT Nacional, a política de formação é estratégica e as Escolas Sindicais ocupam centralidade na materialização desta política. Quintino afirmou que é fundamental que os sindicatos da base CUTista compreendam a importância e o papel cumprido pela Escola 7 no fortalecimento da rede de formação nos estados. A Escola precisa de investimentos que recuperem a capacidade de sua infraestrutura e que contribuam para a sua manutenção permanente, disse. Ele também avalia indispensável enfrentar a inadimplência dos sindicatos em relação às obrigações estatutárias da CUT como forma de contribuir no financiamento da Escola 7, já que 10% da arrecadação das Estaduais da Central na região são repassados para a Escola manter suas ações formativas.

Aparecido Donizetti, secretário nacional adjunto de administração e finanças da CUT, avalia que a Escola 7 precisa de suporte para ampliar sua expertise na área de hospedagem e gestão estratégica. Ele considera que o know how da Unisoli e do Hotel Canto da Ilha (Escola Sul) podem ser de grande valia para aprimorar a gestão da Escola 7 e fazer avançar na sua sustentabilidade enquanto empreendimento solidário do movimento sindical CUTista.

Alex Sgreccia, primeiro coordenador da Escola 7 e assessor da secretaria geral da CUT Nacional, relembrou os passos dados no final da década de 1980 para fundar a Escola, com o apoio do sindicalismo italiano, do movimento sindical mineiro, da UFMG e da CUT. Alex reconhece que as reformas são necessárias na estrutura, mas que também é fundamental repensar o projeto pedagógico da Escola 7 face aos desafios atuais do movimento sindical. Ele ainda afirmou o compromisso de Sergio Nobre, secretário geral da CUT, em participar deste processo de revitalização. 

Jairo Nogueira, secretário geral da CUT MG, avalia que apesar da conjuntura adversa enfrentada pelo movimento sindical, revitalizar a Escola 7 é uma prioridade pela sua história na formação de quadros dirigentes da classe trabalhadora. Jairo colocou a CUT Minas à disposição para dialogar com os sindicatos de base o compromisso de assumir solidariamente a campanha pelo fortalecimento do principal instrumento formativo do movimento sindical no estado de Minas Gerais.

Para Jasseir Fernandes, presidente da CUT-ES, é fundamental manter o diálogo e a construção coletiva do processo de fortalecimento da Escola Sindical 7 de Outubro. Jasseir destaca que a Escola 7 tem sido uma importante parceira para a formação dos quadros da direção da CUT Espírito Santo, ao longo dos últimos anos. Faremos parte desta iniciativa solidária e de compromisso classista, afirmou.

Juarez Antunes, secretário de formação da CUT-RJ e coordenador de cultura da Escola 7, acredita que melhorar as condições de infraestrutura da Escola atende as exigências da classe trabalhadora que precisa de um espaço de referência para se encontrar e se formar para os desafios da conjuntura atual da luta de classes.

Para Adilson Pereira, coordenador geral da Escola 7, a reunião foi extremamente exitosa e cumpriu o objetivo principal de arregimentar parceiros para a tarefa desafiadora de implementar um projeto de revitalização da Escola Sindical, rumo aos seus 30 anos de existência enquanto instrumento pedagógico e político da classe trabalhadora. Este foi um passo importante de muitos outros que virão pela frente e, com certeza, mais parceiros farão parte desta iniciativa grandiosa de zelo com o patrimônio dos trabalhadores, disse.

A partir deste debate, o assessor da SNF/CUT, Pérsio Plensack, sistematizou um conjunto de propostas e compromissos assumido pelas instâncias da CUT envolvidas com o processo em torno de um cronograma permanente de reuniões da coordenação executiva da Escola 7 e do grupo operativo de revitalização para atuar nas frentes de trabalho em relação à gestão, a obras na infraestrutura e às relações institucionais para ampliação das parcerias.