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Dia Internacional de Lutas das Mulheres no Sudeste brasileiro

07/03/2017

A Escola Sindical 7 de Outubro faz um panorama das lutas do Dia Internacional de Luta das Mulheres nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Escrito por: Escola Sindical 7 de Outubro

 

“Flores, panos de prato ou parabéns no Dia 8 de março!?” Para Lucimar Gonçalves Martins, agricultora familiar e secretária da mulher trabalhadora da CUT Minas Gerais, o Dia Internacional das Mulheres é dia de luta e de denunciar a violação de direitos conquistados pelas mulheres.

Lucimar evoca a luta das operárias da indústria têxtil de Nova Iorque, que em 08 de março de 1857, foram duramente reprimidas pela luta por melhores condições de trabalho e igualdade nos direitos trabalhistas para as mulheres. Algumas delas foram mortas, lembra a dirigente sindical. Por isso, “esta data não pode cair no esquecimento da sociedade”. Ela enfatiza que a CUT Minas manterá sua tradição de realizar atos unificados com os movimentos sociais para defender os direitos das mulheres. “A CUT Minas e sua militância irão às ruas para lutar contra a reforma da Previdência Social”, destaca.

 

Marlene Miranda, bancária e secretária da mulher trabalhadora da CUT Rio de Janeiro, destaca que o Dia 8 de Março deste ano está marcado pela luta, união e resistência das mulheres para combater o golpe contra a democracia e o desmonte da Previdência Social. “Desde 2014, a CUT Rio de Janeiro realiza atos unificados com as demais centrais sindicais e movimentos sociais no Dia Internacional da Mulher e também pelo combate à violência contra as mulheres, envolvendo diversos atores da sociedade civil e do poder público engajados neste enfrentamento”, ressalta Marlene.

 

Marlene Miranda, secretária da mulher trabalhadora da CUT Rio de Janeiro

 

A CUT Espírito Santo chama atenção para o fato de que as mulheres do campo e das cidades ocuparão as ruas e praças nesta quarta-feira pelo país. A luta contra a proposta de reforma da Previdência Social, encaminhada pelo presidente golpista Michel Temer para o Congresso Nacional (PEC 287/2016), é o principal alvo dos atos feministas para o mês de luta das mulheres.

Em matéria no site, a CUT-ES aponta as principais alterações da PEC 287, como a ampliação da idade mínima para requer aposentaria (65 anos!) e o aumento do tempo de contribuição para 35 anos. Além disso, as trabalhadoras rurais terão de contribuir por 25 anos para conquistar o direito de aposentadoria.

A ascensão do conservadorismo e a escalada contra dos direitos sociais e trabalhistas estão na contramão das conquistas alcançadas pela classe trabalhadora e, em especial, pelas mulheres nos últimos anos no Brasil e no mundo.

Com o lema Dia Internacional de Lutas das Mulheres: em defesa dos nossos direitos e contra a reforma da Previdência Social, mais de 40 movimentos sociais, entre os quais a CUT, lançaram Manifesto para denunciar o desmonte dos direitos das mulheres e propor ações políticas a serem desencadeadas no mês de março de 2017.

Para Lucimar e Marlene, o enfrentamento à violência sexista contra as mulheres também terá muita visibilidade nas lutas do mês de março. Lucimar observa que o combate à violência deve ser permanente, pois o machismo continua a fazer milhares vítimas todos os dias. Marlene destaca ainda a legalização do aborto como uma das bandeiras de luta do feminismo pela autodeterminação da mulher.

No Rio de Janeiro, a CUT Rio estará junto com a CTB, Nova Central Sindical, Força Sindical, UGT e CSB, partidos políticos (PT, PCdoB, PSB), UJS, CEDIM/RJ, UBM, UNEGRO, MNU, entre outros, para denunciar o golpe contra os direitos das mulheres e marcha nas ruas, segundo Marlene. “Nenhum direito a menos”! A CUT Rio convoca Ato Unificado, com concentração às 16 horas, na Candelária, Rio de Janeiro.

No estado de Minas Gerais, a CUT Minas realizará calendário de lutas que se inicia no dia 7 de março, com Formação, oficina e audiência pública preparatórias ao dia 8 de março, na Assembleia Legislativa de Minas; no dia 8 de março, concentração na Praça da Assembleia Legislativa, às 16 horas, para realização de Ato Unificado do Dia Internacional de Luta das Mulheres e Paralisação da rede estadual e redes municipais da educação, coordenada pela SindUTE, e no dia 15 de março, Paralisação de atividades das categorias organizadas pelos sindicatos e início da Greve nacional da educação. Ainda neste dia, acontecem Audiência Pública na Assembleia Legislativa e Ato em Belo Horizonte, com concentração na Praça da Estação às 10h.

No Espírito Santo, será realizada uma grande caminhada em Vitória. Ela terá concentração na Praça 8, a partir da 8 horas, e se dirigirá à Agência Central do INSS, pela Avenida Beira Mar. A CUT-ES informa ainda que em várias cidades do interior o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais estará realizando atos pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres.

 

 

Para o coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro, Adilson dos Santos, o Dia Internacional de Luta das Mulheres é uma das datas mais importantes do calendário de lutas sociais. Segundo Adilson, quando a Escola Sindical dá visibilidade às lutas pelos direitos das mulheres, ela contribui para a educação política e o empoderamento das mulheres trabalhadoras do campo e das cidades.

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