Em seu perfil de facebook, Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional, destacou: "(...) ao discursar por 35 minutos na abertura do CECUT-MG ontem à noite, Lula pediu que os sindicalistas e militantes presentes defendessem o governo Dilma, mesmo que não concordassem com a política econômica da gestão. Mas também pediu que não se irritassem com manifestações, tinha no máximo uma dúzia de revoltados na frente do local do evento". "A única diferença que há entre nos é eles é que nos protestávamos para conquistar e eles protestam contra as nossas conquistas", encerrou nosso ex-presidente, disse o presidente da CUT Nacional nas redes sociais.

Segundo Vagner Freitas, mais uma vez, Lula traduz com simplicidade e clareza o que muitos sociólogos e analistas de jornais nunca vão conseguir entender. Ainda para o presidente da CUT Nacional, a atual crise política foi causada por uma minoria que não aceita os resultados das urnas, o que abre portas para a crise econômica. “Conclamo a essas pessoas que entendam que não vai ter golpe e que o terceiro turno precisa acabar. Manifestações como essa que vimos aqui na porta não ajudam em nada e mostram apenas intolerância e preconceito contra a classe trabalhadora”, afirmou. (por Rogério Hilário no site da CUT MG)

A presidente da CUT MG, Beatriz Cerqueira, afirmou que a abertura do congresso da CUT é momento de fazer compromissos e, por isso, ela reafirmou o compromisso da central de continuar lutando pelos trabalhadores e contra o neoliberalismo. Ela também destacou a luta pela Petrobras, pela democracia e lembrou que a CUT não concorda com a política econômica do governo federal. “O ajuste fiscal precisa ir para aqueles que têm dinheiro para pagar essa conta”, disse. (por Rogério Hilário no site da CUT MG)

Confira o depoimento de Ricardo C. Henrique, 30 anos, dirigente do SINDFES e integrante do Curso de Jovens Dirigentes Formadores da Escola Sindical 7 de Outubro. A simplicidade de Lula marcou o olhar de Ricardo sobre a abertura do 12º CECUT MG, a saber:

“Em primeiro lugar, foi muito interessante ser recepcionado por um pequenino grupo de ‘coxinhas’, que disparava brados de ódio ao esmo em uma manifestação sem rumo. Depois de iniciada a cerimônia, eu esperei uma entrada majestosa de uma celebridade em uma cerimônia magnífica, no entanto, fui surpreendido com um ritual mais simples. Caminhando com passos curtos, uma figura humilde, histórica e tão prestigiada, nosso ex-presidente Lus Inácio Lula da Silva.

Enquanto uma parte das entidades maiores fazia uma saudação ao plenário lotado de participantes, Lula calmamente recolheu os presentes, as camisas ou bandeiras que não cessou de autografar por nenhum momento. Ocasionalmente parava para fazer pose e acenar para algumas fotos, contudo, sempre, com uma dedicação e atenção integral aos presentes.

Findadas as apresentações, Lula inicia palestra. Sempre tranquilo, sempre contagiante, bastante interativo com o público e falando sobre o que era um Brasil do século passado em contraste com a atualidade, como o ensino das Américas evoluiu desde a criação dessas nações, como foi a expansão da economia e posicionamento destes em meio às potências dominantes.

Em poucos instantes acabou uma palestra de 35 minutos, uma pessoa que mudou um país, que esteve a poucos metros de mim sem quase nenhuma segurança, que agradeceu aos que manifestavam contra ele mesmo, partiu como veio, mas não sem antes mexer com todos e deixar uma marca profunda que somente uma estrela sabe fazer: mostrar que todos ao seu redor podem brilhar e brilham”.

*foto da notícia disponibilizada por Ricardo C. Henrique, via WhatsApp.