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Sindicalistas visitam indústria 4.0 da Mercedes-Benz em Juiz de Fora

13/11/2018

A visita aconteceu no dia 8 de novembro, durante o terceiro módulo do Curso de ORSB da turma de Juiz de Fora. A Escola Sindical e a CUT-Minas participam dessa iniciativa.

Escrito por: Emanoel Sobrinho, educador da Escola Sindical 7 de Outubro

 

Entre os dias 7 e 9 de novembro, cerca de 20 dirigentes sindicais participou do terceiro módulo do curso de Organização e Representação Sindical de Base (ORSB), na cidade de Juiz de Fora, Zona da Mata mineira. No dia 8, os participantes conheceram a fábrica de caminhões de Mercedes-Benz em Juiz de Fora, uma das plantas da indústria 4.0 no Brasil.

O curso é uma iniciativa coordenada pela CUT-MG, Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora (STIM-JF) e Escola Sindical 7 de Outubro, que envolve mais quatro sindicatos filiados à CUT no estado de Minas Gerais: Sindsep-MG (servidores federais), Sintex (trabalhadores da indústria têxtil), Sindicato dos Rodoviários de Juiz de Fora e SINTTEL (trabalhadores em telecomunicação).

Na manhã do dia 07, a análise de conjuntura foi realizada pelo prof. Dr. Ignácio Delgado (Universidade Federal de Juiz de Fora) e por Adilson dos Santos Pereira, coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro.

Ignácio fez uma contextualização sobre o processo de industrialização, investimento em pesquisa e desenvolvimento e estruturação do estado de bem-estar social no Brasil, apontando desafios para a classe trabalhadora no pós-eleição, sobretudo, com os anúncios de reformas, privatizações e abertura de mercado que podem fragilizar a economia brasileira e impactar negativamente a população trabalhadora, pelo novo governo que assumirá em 2019.

O sucateamento da educação e das universidades públicas levará o país a ter maior dependência tecnológica das grandes potências e, com isso, perderemos soberania nacional e possibilidades trilhar o desenvolvimento com justiça social, enfatizou Ignácio.

Para Adilson, a classe trabalhadora precisa construir uma grande unidade de ação contra a agenda ultraliberal que está pela frente. A reforma da previdência social nos une?, indagou. Ele acredita que a maioria dos trabalhadores ainda não tem consciência do retrocesso que representa a agenda eleitoralmente vencedora, dos impactos negativos que a implantação das reformas prometidas trará para a qualidade de vida da população brasileira.

Adilson avalia que o trabalho de base, nos locais de trabalho, nas comunidades, nas ruas, e a formação sindical terão papéis estratégicos na construção da unidade de ação e no processo de agitação dos trabalhadores contra as ameaças de perda de direitos.

Em Juiz de Fora funciona uma das fábricas mais avançadas do setor automobilístico no Brasil. A Mercedes-Benz já opera nos moldes da indústria 4.0, com segmentos da linha de produção onde operam robôs que fazem oito movimentos de forma autônoma na montagem de caminhões personalizados. Atendimento da demanda específica dos clientes (personalização) e otimização da produção fabril com o uso de robôs e da inteligência artificial são algumas características da indústria 4.0 alemã.

Não se pode perder de vista que a nova revolução industrial (4ª geração), assim como as anteriores, traz implicações não apenas na produção de mercadorias, mas também para os trabalhadores, sindicatos e direitos sociais. Se o fordismo impulsionou os anos dourados do capitalismo com a geração de empregos especializados e a mediação do conflito entre empresários e os sindicatos, resultando em ganhos direitos e indiretos para os trabalhadores, o toyotismo marcou pelos modelos flexíveis de produção (terceirização, banco de horas, just in time), desemprego estrutural, perda de direitos conquistados e acumulação flexível.

Nesse sentido, quais serão as marcas da indústria 4.0 num país onde há um processo avançado de precarização do trabalho e das políticas públicas?

O curso contou com a atuação dos formadores sindicais Osvair Diniz, vice-presidente do STIM-JF, e Aparecida Viana, coordenadora de formação do Sindibel. Além da historiadora Luisa Pereira, professora da rede pública, e do militante Chico Oliveira, assessor sindical.

A próxima etapa será realizada em Juiz de Fora nos dias 18 e 19 de dezembro. Nesta ocasião, os participantes serão certificados pela conclusão do Curso.

Turma Juiz de Fora do Curso de ORSB da CUT Minas Gerais

 

Adilson Pereira dos Santos, coordenador geral da Escola Sindical.

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