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Solidariedade aos petroleiros. Diga não à privatização das refinarias!

22/04/2019

Coletivo de Sindicalistas das Estatais contra as Privatizações se reúne com trabalhadores da operação na portaria da Refinaria Gabriel Passos (REGAP)

Escrito por: Emanoel Sobrinho, educador da Escola Sindical

 

Na terça-feira da semana passada, o governo Bolsonaro anunciou a pretensão de vender metade das 13 refinarias que fazem parte do portfólio da Petrobras. Diante disso, o SINDPETRO-MG tomou a iniciativa de dialogar com os trabalhadores na base sobre a resistência contra o desmonte da estatal petrolífera. Os petroleiros não estão sozinhos nessa luta.

SINDSEP-MG, SINDIELETRO-MG, SINTER-MG e Escola Sindical 7 de Outubro estiveram na portaria da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Betim/MG, construindo na prática a solidariedade contra as privatizações no setor petrolífero brasileiro. Junto com o SINDPETRO-MG, essas entidades sindicais compõem o Coletivo de Sindicalistas das Estatais Contra as Privatizações.

Alexandre Finamori, trabalhador da operação da REGAP e dirigente do SINDPETRO-MG, considera que a venda das refinarias não atingirá o resultado pretendido. Para ele, corre-se o risco de se formar monopólios regionais no setor de refino e, com isso, haver aumento de preços nos derivados do petróleo para a população.

Jefferson Silva, trabalhador da CEMIG e coordenador geral do SINDIELETRO-MG, avalia que há interesses poderosos por detrás do desmonte das estatais brasileiras. Esses interesses são incompatíveis com a oferta de serviços de qualidade para a população e com a dignidade das e dos trabalhadores petroleiros como os de outras estatais, alerta. Para ele, as privatizações visam apenas aumentar o lucro de banqueiros e empresas estrangeiras. Somos todos petroleiros e defenderemos a Petrobras, enquanto patrimônio construído pela população brasileira; por isso, estamos aqui como Coletivo de Sindicalistas das Estatais pra dizer que vocês não estão sozinhos nessa luta, enfatizou Jefferson.

Sânia Barcelos, trabalhadora da CEASA Minas e dirigente da secretaria de formação do SINDSEP-MG, manifestou sua solidariedade à luta contra o desmonte da Petrobras pelo governo de plantão. Para ela, a estratégia do Coletivo é fundamental para defender as empresas públicas e estatais. Assim como a Petrobras e a CEMIG, a CEASA Minas está sob ameaça de privatização pelo governo federal, disse Sânia. Ela acredita que a solidariedade e a união da classe trabalhadora serão decisivas para barrar esse retrocesso. Se mexeu com uma mexeu com todas, frisou.

Janya Costa, trabalhadora da EMATER-MG e coordenadora de comunicação do SINTER-MG, falou que o desafio está no diálogo com a sociedade para enfrentar essa onda entreguista que também acontece em Minas Gerais. O governador de Minas pretende fundir empresas públicas, como a EMATER e a EPAMIG, responsável pela pesquisa agropecuária, para facilitar a venda de ativos e com isso prejudicar mais de 400 mil agricultores familiares que se beneficiam da ATER pública, expressou. Para Janya, a sociedade mineira não sabe que a consequência disso é o encarecimento dos produtos básicos da alimentação diária na casa das famílias.

Para Emanoel Sobrinho, formador da Escola Sindical, o momento exige que a luta sindical não se restrinja ao corporativismo. É importante que os trabalhadores estejam sintonizados com os sindicatos para combater as privatizações e que essa luta se espalhe para o conjunto da classe trabalhadora, a partir da ação sindical e das lutas sociais, por isso, a importância de se constituir um Coletivo que reúna militantes e entidades sindicais que barre o desmonte das estatais, avalia Emanoel.

Alexandre Finamori e Jefferson Silva convidaram os trabalhadores de operações da Petrobras para se somarem à luta que será lançada no dia 6 de maio em todo o território brasileiro, pela Frente Brasil Popular.

Quando se completam 22 anos de privatização da Vale do Rio Doce, sindicatos, organizações populares e militantes de esquerda erguerão suas bandeiras para dizer não às privatizações e conscientizar a população sobre seus efeitos negativos na sociedade brasileira, no próximo dia 6.

Em Belo Horizonte, além da panfletagem nos principais pontos de fluxo da cidade, no dia 6 de maio ocorrerá uma audiência pública para tratar do tema na Assembleia Legislativa, às 17h. O Coletivo de Sindicalistas das Estatais estará presente nesta ocasião para debater com parlamentares e com a sociedade a importância do combate às privatizações.

 

 

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