O 4º módulo do Curso de Organização e Representação Sindical de Base (ORSB) da turma regional de Uberlândia começou na manhã de hoje (20/11) na Escola Sindical 7 de Outubro. Os formadores Walter Fideles Dias e Luiz Carlos Carvalho de Oliveira (Luizinho) são responsáveis pela condução metodológica dos trabalhos. O tema deste módulo é relações sociais de gênero e sindicalismo.

Participam desta etapa, dirigentes sindicais do SINTTRURB (transportes urbanos de Uberlândia), SECUA (comerciários de Uberlândia), SINTET-UFU (técnicos da Universidade Federal de Uberlândia) e Sindicato dos Metalúrgicos de BH/ Contagem e da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos de Minas Gerais).

A abertura do Curso contou com a participação da educadora Silvia De Martin e dos dirigentes Gilmar de Souza Pinto, secretário de formação da CUT Minas; Jairo Nogueira Filho, secretário geral da CUT Minas; e de Adilson Pereira dos Santos, coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro.

Silvia De Martin destacou a importância dos/as dirigentes utilizarem a Escola Sindical para construção e troca de saberes, visando qualificar a ação sindical de base.

Para Gilmar de Souza, Sindieletro, a formação sindical é um instrumento fundamental para o empoderamento da classe trabalhadora. O conhecimento é fator relevante para que os trabalhadores se organizem e se defendam da exploração capitalista dentro e fora do local de trabalho, disse.

Jairo Nogueira, Sindieletro, fez uma abordagem da conjuntura estadual e brasileira. Para ele, a classe trabalhadora não esperava que o resultado das eleições de 2014, com a vitória de Dilma Rousseff/PT, conduzisse o país para um ajuste fiscal que ataca os direitos dos trabalhadores. Em Minas Gerais não é diferente, enfatizou.

Segundo Jairo, o rompimento da barragem de rejeitos da SAMARCO/VALE em Mariana evidenciou o peso do poder econômico das mineradoras nos poderes públicos do estado de Minas. Para ele, deve haver uma união do movimento sindical e da sociedade para combater as mazelas da negligência das empresas do setor mineral contra a população e o meio ambiente.

Adilson Pereira, Sind. Metalúrgicos de BH/Contagem, abordou o processo de precarização das relações de trabalho, sobretudo, na indústria metalúrgica. A precarização é uma resposta do capital à crise criada pela disputa dos capitalistas e os trabalhadores não podem pagar essa conta.

Adilson resgatou o Dia da Consciência Negra, um marco importante de luta pela afirmação da negritude no Brasil. Para ele, hoje é um dia de reflexão sobre a resistência da população negra no combate ao racismo. Ele também mencionou a Marcha das Mulheres Negras, que ocupou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 18 de novembro, como forma de luta pela igualdade na sociedade.

Walter Fideles, Sind. Metalúrgicos de BH/Contagem, contextualizou o tema relações sociais de gênero e sindicalismo como parte das lutas pela afirmação das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade. O tema está em sintonia com a conquista da paridade entre homens e mulheres na composição da Direção da CUT Nacional e das Estaduais, durante o 12º Congresso Nacional da Central, realizado em outubro deste ano, afirmou.

O módulo contará com a participação de Frederico Melo, técnico da subseção do DIEESE da CUT Minas Gerais, para tratar da conjuntura econômica e movimento sindical, nesta tarde (20).