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Curso de Formação de Feministas debate violência contra a mulher

28/11/2015

Hoje (28), na Escola Sindical 7 de Outubro, 50 mulheres serão certificadas pela participação nos seis módulos formativos do Curso, coordenado pela CUT Minas Gerais e Marcha Mundial das Mulheres

Escrito por: Escola Sindical 7 de Outubro

 

A CUT Minas Gerais e a Marcha Mundial de Mulheres (MMM) realizam o sexto módulo do Curso Estadual de Formação de Feministas hoje (28) e amanhã (29), na Escola Sindical 7 de Outubro, Barreiro, em Belo Horizonte/MG. “Violência contra a mulher: as bases da manutenção e as formas de enfrentamento” constitui o tema desta última etapa formativa.

Segundo Bernadete Esperança, da MMM, o Curso tem objetivos principais fortalecer a unidade entre CUT Minas e Movimentos Sociais e fortalecer a participação protagônica das mulheres nos movimentos populares e sindical. O sexto módulo de formação está em sintonia com a jornada de lutas promovida no Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, 25 de novembro, disse.

Lucimar de Lourdes Gonçalves, dirigente do SINTRAF Simonésia e da FETRAF-MG, é atual Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Minas Gerais, eleita pelo 12º Congresso Estadual (2015), além de atuar no MAB, FOMENE, Movimento Negro da Zonta da Mata, Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas, entre outros. Para Lucimar, conhecimento é poder e as mulheres precisam ser empoderadas para ocupar os espaços político-institucionais. As mulheres devem ser protagonistas na política, na luta por direitos e na construção da autonomia sobre o seu corpo e a sua vida, afirma

.Lucimar de Lourdes Gonçalves

 

Desafios para o empoderamento feminista

O Curso conta com a participação de mulheres sindicalistas bancárias, da agricultura familiar, professoras, metalúrgicas, assalariadas rurais, comerciárias, trabalhadoras da saúde e lideranças dos movimentos populares de Minas Gerais. As participantes são de várias regiões do estado e possuem idade e trajetórias distintas nas lutas por direitos, explica Bernadete Esperança.

Os cinco módulos anteriores trataram dos temas: Patriarcado; Reforma Política; Divisão Sexual do Trabalho; Corpo Sexualidade e Prostituição; Direitos Sexuais e Reprodutivos e a Luta pela Legalização do Aborto, ao longo de um ano. Para Bernadete as participantes possuem maior apropriação dos temas que constituem a pauta das mulheres na luta por igualdade.

Lucimar acredita que o desafio é grande para conquistar o verdadeiro empoderamento feminista. “Apesar da diversidade de categorias profissionais e regiões nesta iniciativa, percebemos que as mulheres enfrentam problemas comuns, tanto às do campo quanto às urbanas. Por isso, nós lutamos para que as mulheres estejam nos espaços de decisão política no movimento sindical e na sociedade”, enfatiza Lucimar.

Terezinha Souza Trindade, dirigente do SINTRAF Simonésia e ex-Secretária da Mulher Trabalhadora (2014-2015), lembra que o Curso foi iniciado com a participação de 90 mulheres, mas apenas 50 lideranças feministas serão certificadas no dia de hoje (28). Ela explica que muitas mulheres encontraram limites para manter sua participação até o último módulo formativo. Esta evasão ocorreu pela falta de apoio das entidades que indicaram as participantes, a pouca compreensão e suporte da família, ou até dificuldade de algumas participantes se identificarem com os temas abordados, acredita.

 

Próximos passos

Lucimar, Bernadete e Terezinha acreditam que o Curso foi um passo importante para qualificar a participação das mulheres nas lutas e na estrutura dos movimentos sociais, principalmente para inserir feministas na CUT Minas Gerais e nas suas instâncias Regionais, colocando em prática a paridade durante o 12º CECUT-MG (2015).

Hoje (28), teremos 50 mulheres sendo certificadas na solenidade que contará com a participação de Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT MG, e movimentos sociais, como o MAB, informa Bernadete.

Lucimar defende que o Curso deve ser regionalizado, pois facilita a participação das mulheres e possibilita o envolvimento de um maior número de entidades sindicais e movimentos. Esta iniciativa exitosa gera a expectativa da criação de novas turmas do Curso, disse.

Terezinha ainda enfatiza o desafio de constituir um Grupo de Mulheres Rurais da CUT Minas Gerais, como forma da Central responder às demandas organizativas e da pauta política das mulheres do campo na luta por igualdade de direitos e empoderamento das trabalhadoras nas decisões sobre o desenvolvimento rural no estado.

Amanhã (29), o Curso aprofundará o debate sobre as formas de enfrentamento à violência contra a mulher e apontará pistas para a continuidade da formação de feministas no estado de Minas.

Terezinha Souza Trindade

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