As reformas de Temer, a violação dos direitos humanos no mundo do trabalho, a lei de cotas, a questão indígena e a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho são alguns dos temas que começaram a ser discutidos nesta segunda-feira (24) por cerca de 25 dirigentes da CUT nos estados da Amazônia. Trata-se do Encontro Regional de Políticas Sociais e Direitos Humanos que prossegue até amanhã, no hotel Riviera D`Amazônia, em Ananindeua, região metropolitana de Belém.

O encontro é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT e já ocorreu nas demais regiões brasileiras. O objetivo é fazer um levantamento das realidades e demandas prioritárias de cada estado e região e debater um plano de ação das secretarias estaduais. Além disso, o encontro também pretende realizar uma análise de conjuntura na perspectiva dos Direitos Humanos e da Classe Trabalhadora, fazendo parte também do processo preparatório para o 4º Encontro Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência.

             Na abertura do evento, a presidente da CUT Pará, Euci Ana Gonçalves, chamou a atenção para os desafios que se apresentam para quem trabalha com políticas sociais e direitos humanos no atual contexto do país. Ela observou que o Pará é um dos estados mais vulneráveis do Brasil, com índices alarmantes de violência no campo e de trabalho infantil e escravo.  Euci Ana apontou que a situação é gravíssima no sul e sudeste paraense, onde, todos os dias, famílias inteiras de nordestinos chegam atrás de empregos nos garimpos, nos grandes projetos e nas indústrias do agronegócio. “Espero que este encontro ajude as CUTs estaduais a mapearem ações políticas que contribuam para a retomada de nossa cidadania”.

            Programação na parte da manhã:  A pauta do encontro é extensa. Pela manhã, houve uma análise de conjuntura com foco nas reformas neoliberais e a violação dos direitos humanos, que teve a coordenação da Secretária Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Jandyra Massue Uehara Alves e a participação de José de Ribamar Barroso, diretor executivo da CUT Nacional, além de  Jana Silverman, diretora do Centro de Solidariedade (Solidarity Center) da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), que é a maior central operária dos Estados Unidos e Canadá.

            Durante a tarde está previsto um painel sobre “Violação dos Direitos Humanos no Mundo do Trabalho”, com abordagem sobre o Trabalho Imigrante, trabalhadores e trabalhadoras indígenas, questão ambiental e trabalho infantil. O primeiro dia vai encerrar com um painel sobre a “Lei de Cotas e a Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.

          Amanhã (25) está prevista a apresentação do Plano de Trabalho da secretaria, seguido por um debate sobre os “Direitos Humanos na Política de Formação da CUT”. Em seguida, os participantes formarão dois grupos: Trabalhadores e Trabalhadoras com deficiência e o grupo dos secretários e secretárias de políticas sociais e direitos humanos. Depois ocorrerá a plenária final para a apresentação dos trabalhos em grupo.