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ESCOLA 7 DE OUTUBRO > LISTAR NOTÍCIAS > ATO COM LANÇAMENTO DE LIVRO REPUDIA O GOLPE E FORTALECE A RESISTÊNCIA

Ato com lançamento de livro repudia o golpe e fortalece a resistência

24/06/2016

Juristas, estudantes e Frente Brasil Popular Minas participam de manifestação na Faculdade de Direito da UFMG

Escrito por: Rogério Hilário, com informações da Frente Brasil Popular Minas, no site da CUT Minas

Em ato público no auditório da Faculdade de Direito Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Centro de Belo Horizonte, que contou com a presença do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, juristas mineiros e a Frente Brasil Popular Minas lançaram, na noite de quarta-feira (22), o livro “A Resistência do Golpe 2016”. A publicação tem 103 artigos e foi escrita por 104 autores (alguns co-autores). Com 450 páginas, a obra traz uma análise de todo processo do golpe, desde 2014 até 2016, e seus atores no Judiciário, Legislativo (Congresso Nacional) e Executivo.

Os textos tratam desde o papel do STF à atuação da mídia, das “pedaladas fiscais” aos meandros do Poder Legislativo, da função dos atores políticos internacionais aos bastidores da Lava Jato, da crise de representatividade à ofensiva contra direitos e políticas sociais. O livro foi organizado por Carol Proner, Gisele Cittadino, Marcio Tenenbaum e Wilson Ramos Filho e publicado pela Editora Canal 6, dentro do Projeto Editorial Praxis.

O ato político reuniu profissionais e estudantes de Direito, dirigentes e militantes dos movimentos sindical, sociais e populares e lideranças políticas para manifestar repúdio ao golpe e conclamar a população a resistir ao ataque as conquistas populares. O sucesso da publicação foi tão grande, que os exemplares do livro acabaram antes do início do debate.

O ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, arrancou aplausos e gritos de "Volta Querida!" da plateia ao contar a batalha de desconstrução da imagem da presidenta Dilma desde as manifestações de 2013, na campanha eleitoral de 2014, e afirmar que eles (os golpistas) só não sabiam da força desta mulher diante de uma campanha machista.  Ele fez um relato sobre todo o processo do golpe, que reúne diversas forças retrógradas. Assinalou que é momento de autocrítica, vislumbre do futuro e o consolo: se acham que podem parar a história, estão enganados. A resistência hoje será muito maior e a mobilização é o maior trunfo que temos.

Representando a Frente Brasil Popular hoje no lançamento do livro "A resistência ao golpe de 2016", a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, citou exemplo do que representa o golpe fascista e seus aliados para a democracia.

“O fascismo não virá, ele já está no meio de nós. A ideia é nos eliminar. Eles não conseguem conviver com quem pensa diferente e com quem pensa progressivamente. Por isso, companheiras e companheiros, nos preparemos porque essa luta será longa. Mas nós temos que fazê-la dia a dia. Sem abaixar a cabeça e sem o direito de nos cansar. Eles não podem ser vitoriosos. Porque a vitória deles significa a morte de mulheres, a morte de muito mais jovens nas periferias das nossas cidades, de mais negros, de mais jornalistas detidos no exercício de sua profissão. De mais comunidades que são despejadas quando lutam pela moradia. Então, nós precisamos fazer esta luta longa, mas sabendo que esse inimigo é a pior face de tudo o que nós já enfrentamos, pelo menos no último período”, analisou Beatriz Cerqueira.

Pedro Paulo Trindade, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG) e do Movimento Contra a Precarização do Trabalho, alertou para o sucateamento dos Correios. Pedro Paulo denunciou  que o presidente golpista Michel Temer é dono de quase um quinto das lojas franqueadas dos Correios, do Sudeste ao Sul do país,  e que empresas privadas estão nas mãos de seus familiares. Ele defendeu a criação de comitês de resistência e a busca para organização dos trabalhadores contra esse verdadeiro assalto que está ocorrendo aos direitos trabalhistas e sociais.

"A destruição do SUS será o assassinato de milhares de pessoas no país", denunciou o professor e um dos autores do livro "A resistência ao golpe de 2016", Marcelo Cattoni. Ele comentou o tamanho da destruição do Sistema Único de Saúde colocada em curso, tendo à frente um ministro cuja campanha foi financiada por planos de saúde.

O deputado estadual Rogério Correia, Líder da Maioria na Assembleia Legislativa de Minas, criticou a seletividade do Judiciário ao julgar uns com rapidez e, outros, como Eduardo Cunha e família, que até hoje estão soltos. E afirmou: “É golpe! Vamos repetir quantas vezes forem necessárias e chegar ao coração do povo para que saibam que vamos derrubar esse golpe nas ruas e com o povo!”

Nilmário Miranda, secretário estadual de Direitos Humanos, Participação e Cidadania, fez uma homenagem ao jornalista José Maria Rabelo, do jornal “Binômio”, símbolo da imprensa alternativa durante a ditadura, afirmando: “Resistência também tem nome: José Maria Rabelo”, que estava no auditório da Faculdade de Direito da UFMG e foi aplaudido.

Capa do Livro "A resistência ao golpe de 2016"

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