ESCOLA 7 DE OUTUBRO > ARTIGOS > SONHAR, OUSAR E LUTAR SEMPRE
08/01/2016
No último dia 16 de dezembro, vimos, mais uma vez, a classe trabalhadora, jovens, mulheres, negros e a população LGBT nas ruas, resistindo novamente. Centenas de milhares de pessoas marcharam pelo país para defender a democracia e defender um legado de conquistas sociais importantes.
Resistir parece ser a sina de um povo que por oito anos enfrentou a sanha liberal do governo Fernando Henrique Cardoso, que castigou os trabalhadores e as trabalhadoras com índices vergonhosos de desemprego e desrespeito absoluto às liberdades individuais.
Nas ruas, nesse período, lutamos contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), lutamos contra as privatizações, lutamos contra as chacinas pelos campos do País e contra a violência de uma economia que servia de base para um projeto maior, garantir a manutenção de um sistema desigual e opressor.
Esse povo, que é secularmente oprimido nesse País, hoje resiste para garantir a estabilidade de um governo eleito pela garra da militância de esquerda, que foi às ruas e que desde sua posse, sofre com violentos ataques de uma direita fascista que não aceita a derrota nas urnas.
Diante do avanço do conservadorismo no Brasil, com um Congresso retrógrado e amparado por seus financiadores de campanha, que querem cercear nossos sonhos, nos vemos mobilizados novamente em propor às nossas bases uma educação popular que instrumentalize a classe trabalhadora para defender seu legado de conquistas.
O grande ato do dia 16 de dezembro, quando colocamos 100 mil pessoas nas ruas de São Paulo, e outras milhares pelo País, mostrou a força da nossa base e de nossa formação de trabalhadores e trabalhadoras críticas do seu tempo. Mesmo com a campanha midiática contra nossas mobilizações, vencemos.
Em meio a uma crise complexa, quando trabalhamos para um despertar de consciências, exigimos que o governo que elegemos avance nas conquistas de nossos direitos. Somente assim, esses 30 anos de luta não terão sido em vão.
Nossa trajetória de luta e esse interminável 2015, com todos os seus desafios, acabaram por resultar em um momento histórico de fortalecimento da união dos trabalhadores e trabalhadoras, que culminaram em uma histórica união da esquerda, protagonizada pela CUT. Que assim venha 2016, sem nos esquecermos que o nosso norte e o nosso sul sempre será a rua. Por democracia e mais direitos.
Até a luta, sempre.
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