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Escola Sindical 7 de Outubro: 32 anos de compromisso com educação emancipadora

27/08/2019

Projeto “estatais nas escolas do Barreiro” é uma das iniciativas que a Escola Sindical desenvolverá para fortalecer a luta popular contra o desmonte do Estado brasileiro

Escrito por: Adilson Pereira dos Santos, coordenador geral da Escola Sindical 7 de Outubro

 

Em 29 de agosto de 1987 nascia em Belo Horizonte a primeira escola sindical da Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. Desta forma, há 32 anos, a Escola Sindical 7 de Outubro condensa no seu projeto pedagógico o objetivo de fortalecer o sindicalismo combativo, independente, democrático e de massas da classe trabalhadora brasileira do campo e das cidades.

Trata-se do desafio permanente de articular o mundo do trabalho e os processos educativos, a partir da perspectiva de emancipação do povo oprimido que vive do trabalho. Isto implica em reconhecer como pressuposto pedagógico que não existe educação neutra, conforme legado deixado pelo mestre Paulo Freire, patrono da educação brasileira.

Numa sociedade cindida pelos interesses de classe, a educação tem lado e pode potencializar projetos específicos de organização e luta política, inclusive para superar as contradições da luta de classes da sociedade capitalista. Com isso, ressaltamos que nenhum projeto de fortalecimento político-sindical ou de revolução socialista pode prescindir de uma práxis pedagógica coerente com tais propósitos, como nos alertou há quase 100 anos, o educador russo Moisey Pistrak.

Neste sentido, ao longo da sua história, Escola Sindical tem contribuído para transformar a vida de milhares de trabalhadoras e trabalhadores que atuam nos locais de trabalho, nas comunidades, nas periferias, nas organizações representativas da classe trabalhadora (sindicatos, movimentos populares e mandatos parlamentares) para defender seus direitos, a democracia, o desenvolvimento sustentável e a soberania popular.

Na busca constante por atualizar a prática educativa em sintonia com os elementos estruturais e conjunturais da luta política da classe trabalhadora brasileira, desde o início deste ano, a Escola Sindical 7 de Outubro assumiu como desafio estimular reflexões críticas acerca das lutas de classes nos âmbitos do Estado e do mundo do trabalho no Brasil. Numa ação conjunta com a Fundação Perseu Abramo, CUT Minas Gerais e seus sindicatos organizamos a I Semana do Pensamento Crítico na Escola Sindical, em abril de 2019.

Como resultado desse processo de debates e estudos, que incluiu o tema da reforma da previdência social, tivemos a criação do Coletivo de Sindicalistas das Estatais contra as Privatizações. Um espaço plural de formação, intercâmbio e ação concreta para fortalecimento dos enfrentamentos da classe trabalhadora contra o desmonte dos serviços públicos e, principalmente, das empresas públicas e estatais mineiras e brasileiras. A Frente Brasil Popular integra também esta iniciativa.

No dia 29 de agosto, às 14h, a Escola Sindical 7 de Outubro apresentará um novo desafio para os sindicatos do Coletivo de Sindicalistas das Estatais: aprofundar o diálogo com a comunidade sobre a importância das empresas públicas e estatais a partir de uma ação educativa com estudantes, professores e famílias que participam da Escola Estadual Engenheiro Francisco Bicalho, localizada no Barreiro, Belo Horizonte. Nesta iniciativa-piloto, pretendemos alcançar mais de 500 pessoas em um dia de atividades na Escola Sindical.

Atenta para os debates sobre os desafios do sindicalismo que estão presentes na construção do 13º Congresso Nacional da CUT, a Escola Sindical se colocou à disposição das Estaduais da CUT Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para contribuir na sistematização das propostas de análise de conjuntura e de plano de lutas direcionadas ao Congresso da Central. Com a assessoria da Escola Sindical, as CUTs Espírito Santo e Minas Gerais encaminharam seus acúmulos e reflexões para o debate congressual.

Sob a Secretaria Nacional de Formação da CUT, a Escola Sindical estará envolvida num curso de plataforma digital compartilhada, que contribuirá para o aprimoramento da formação sindical das escolas da Rede de Formação da Central Única, utilizando-se de recursos e técnicas de gamificação. Essa iniciativa materializa um conjunto de debates sobre o futuro do trabalho realizado em Belo Horizonte, durante a 4ª Conferência Nacional de Formação da CUT.

Essas são algumas iniciativas que a Escola Sindical 7 de Outubro realiza coletivamente para se renovar e, com isso, contribuir para a revitalização do movimento sindical e das lutas populares pela construção de um novo sistema político, cultural, social, ambiental e econômico no Brasil e no mundo. Pois, como nos chama atenção o lema do Grito dos Excluídos de 2019: este sistema (capitalista) não vale.

Belo Horizonte/MG, 27 de Agosto de 2019.

 

Adilson Pereira dos Santos

Coordenador Geral da Escola Sindical 7 de Outubro

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