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Greve dos eletricitários permanece forte

07/01/2016

Categoria fortalece a luta com mobilizações nas portarias da Cemig

Escrito por: Sindieletro-MG, extraído do site da CUT-MG

 

Os eletricitários estarão nas portarias da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig)  nesta quinta-feira (7) para fortalecer a luta da greve. O movimento foi marcado nesta quarta-feira (6) com o início de assembleias unificadas em todo o Estado, que seguem até esta sexta-feira (8), e com um ato em Belo Horizonte, em frente ao Palácio da Liberdade. Fechamos a rua da portaria principal do Palácio, onde se encontrava o governador Fernando Pimentel, que naquele momento concedia uma entrevista coletiva.

“A Cemig é uma empresa, uma sociedade anônima, com ações na Bolsa de Valores. Portanto, é uma empresa estatal, mas de gestão privada. O governo do Estado não pode entrar e não pode interferir na negociação entre a diretoria da empresa e seus servidores. Seria um absurdo, um contrassenso. Então, eu respeito a manifestação do sindicato, eles têm todo direito de fazê-lo. Mas o local adequado não é aqui, é lá na Cemig. E a negociação tem que ser feita com diretoria da empresa, que, eu tenho certeza, está conduzindo isso da melhor maneira possível”, argumentou Pimentel.

No entanto, essas palavras contrastam com as que ele pronunciou na 13ª Plenária da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), quando assinou a carta compromisso com a CUT prometendo reverter o processo de privatização da  Cemig e o fim da política de terceirização:

“Mais importante do que isso é estarmos juntos ao longo de quatro anos de governo. Porque, se chegarmos lá, não será um governo fácil. Será de reconstrução. Juntos vamos reconstruir Minas Gerais”.

“Estamos vivendo talvez o pior, ou um dos piores momentos em Minas Gerais na relação entre poder executivo e movimento sindical. Nunca houve na história um momento em que as entidades representativas dos trabalhadores, especialmente do setor público, fossem tão desprezadas, pisoteadas, e afastadas da verdadeira negociação, legítima e respeitosa, como deve ser  entre o governo constituído e os trabalhadores.”

A resposta dos eletricitários em greve foi ligeira: “Não podemos aprovar de forma alguma uma proposta que retira direitos, estamos lutando pelo nosso futuro. Se a gente ceder às pressões, a Cemig vai se sentir à vontade para nos impor mais perdas nos próximos anos. Eu votei no governador Pimentel, agora estou me sentindo traído, pois meu voto se justificou na esperança de conquistar uma nova Cemig, com respeito e valorização dos trabalhadores. Estou muito decepcionado, mas acredito que a única pressão que deve ser feita é a nossa pressão para que Pimentel negocie a nossa pauta e cumpra seus compromissos de campanha”, afirmou um  técnico, da Itambé, durante a assembleia da Regional Metalúrgica, realizada na quarta-feira (7).

Pauta afunilada

As assembleias em todo o Estado estão decidindo pelo afunilamento da pauta de reivindicações. Todos os demais itens da proposta apresentada pela empresa estão aprovados.

A pauta dos eletricitários é: aceitar 1% de aumento real em julho para a retirada da ação da verba da ação do PCR de 2007/2008, abrindo mão do retroativo, estimado em R$ 100 milhões, desde que sejam negociados:

1) Primarização com a contratação de 400 eletricitários no primeiro semestre sem as condições impostas pela empresa.

2) Garantia de primarizar as equipes multifuncionais até 2018;

3) Retirada da proposta de mudança no seguro de vida;

4) PLR linear;

5) Não descontar os dias em greve;

*Na assembleia realizada em BH foi aprovado incluir a promoção de todos os aprovados na última seleção interna.

Greve ganha apoio dos movimentos social e sindical

A greve se fortalece ainda mais ao ganhar o apoio de várias entidades. Na próxima terça-feira (12) será realizada uma plenária no Sindieletro com representantes dos movimentos social e sindical, da CUT e de políticos para discutir a greve e novas ações para pressionar o governador a negociar a pauta dos eletricitários.

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